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segunda-feira, 16 de julho de 2007

Morena Contraste

Às vezes deixo de te beijar
Só para te olhar, morena
Contrastando com meu travesseiro
Teus cachos, tua pele, teus olhos castanhos
Volto a repetir a mesma cena
Gosto do jeito que me olhas, menina
És bonita por baixo, por cima
Vôo longe, me perco, absorto
Vou e volto envolto nesse encanto

Ao meu redor

Eu questionando minha felicidade
E às ruas pessoas na simplicidade
Uns caminhando de bengalas
Outros vivendo em senzalas

Pior é a repugna ao diferente
De chapas e rindo do sem-dente
Como se houvesse o errado e o certo
O normal, o patético esperto

Não quero grandiosidade nos pensamentos
O respeito substitui valores rebentos

Reciprocidade a sua volta

A inspiração vem dos momentos de contemplação
No encontro de elos, a sincronicidade em ação
Não há evolução sem reflexão
Não fuja do que lhe é oferecido
Esteja bem mesmo consigo
E encontrará muito a seu respeito
Não há como fugir desse efeito
Ninguém é feliz olhando para fora
Mas enxergando si mesmo a sua volta
Respostas são achadas dentro de nós mesmos

Amor à vaidade

Quem é você que me desfaz sem saber
Joga minha realidade à vaidade
E mesmo assim não me deixa esquecer
Quem é você que toca em si
Quando a música é em mi(m)
Quem procura com os olhos, o que se enxerga com o coração
Só colhe frutos plantados de uma desilusão
Eu queria que tudo limpasse
Numa chuva que se pega sem querer
Desfazendo esse total impasse
Mostrando o bom de viver