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sábado, 13 de maio de 2017

Segunda-feira recebo a visita de agrônomos da embrapa/Emater". Essa podia ser a realidade de quem planta para o próprio consumo. Mas não: existem plantas ainda proibidas no Brasil. Mesmo o cidadão querendo produzir apenas para sua subsistência. A pensar que o consumo dessa planta existe e sempre irá existir, qualquer esforço para coibir seu consumo, não faz sentido. Dados mundiais recentes revelam que ela é responsável por 50% do que movimenta o tráfico no mundo. É claro que a legalização como um todo não irá acabar com ele, mas com certeza o enfraquecerá. Sempre terá alguém disposto a pagar menos por um produto ilegal, sendo ele mais barato. 
Das muitas etapas que a legalização no Brasil deva tomar, eu acho que a inicial é a mais importante. E por que não começar com a descriminalização do plantio para o próprio consumo? É o velho "aja localmente, pense globalmente". As pessoas plantando, terão-na disponível in natura, cabe a elas experimentarem suas inúmeras utilidades e formas de consumo. À medida que nos tornamos auto-suficiente em alguma coisa, deixamos de gastar com o transporte, e demais custos e perdas que possam haver no processo.
Concomitantemente, pense na arrecadação de impostos que o produto legalizado poderá gerar. Sem contar que podemos legislar no sentido de que o imposto arrecadado fomente pesquisas científicas, para desenvolver o seu uso medicinal. Crises de convulsão de epilépticos são combatidas com o canabidiol, extraído da planta. Substância que também tem-se mostrado benéfica no tratamento de transtornos de ansiedade, bem como melhorado a qualidade de vida de pacientes com mal de Parkinson. É preciso vislumbrarmos as infinitas possibilidades que possam estar surgindo com essa e tantas outras plantas que desconhecemos por leviano preconceito. Incrível, mas por que julgar sem conhecer seus benefícios? A ignorância conservacionista injustificada não poderá manter-se por muito tempo. Já leram sobre a Ayahuasca? Pois é. É sabido já há alguns anos, que ela tem ajudado pacientes a sair de quadros de depressão. Outra aplicação terapêutica extraordinária desse chá, extingue incrivelmente o vício de dependentes químicos. Mas um passo de cada vez. É claro. Esse é um assunto mais delicado, mas não menos transformador.

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